Educação para transformação social: entre o projeto Âncora e projeto Araribá
Resumo
A partir de uma reflexão crítica sobre a história da educação brasileira verifica-se que ela tem sido instrumento de perpetuação dos ideais do sistema capitalista, legitimando os interesses das classes dominantes ao se organizar de maneira passiva, competitiva e acrítica. Diante de uma realidade bastante problemática da educação nacional, urge outra escola que busque romper com a lógica do capital, que valorize o diálogo e o questionamento. Escolas, nomeadas neste trabalho como alternativas, têm nascido ou se transformado em diferentes partes do país buscando colocar em prática outras propostas educativas, que
respeitam e valorizam a diversidade e incentivam a autonomia. O trabalho apresenta um olhar sobre as características destas escolas com enfoque em dois projetos: Projeto Araribá (Ubatuba-SP) e Projeto Âncora (Cotia-SP) compreendendo que o desenvolvimento de práticas educacionais mais libertadoras são essenciais para a construção de uma sociedade crítica e transformadora.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
CARTA DE PRINCÍPIOS DO PROJETO ÂNCORA. Disponível em Acesso em 8 nov. 2014 às 17h57.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. São Paulo: Olho d’agua, 1997.
GADOTTI, Moacir. Gestão democrática com participação popular. Disponível em Acesso em 14. Dez. 2014 às 13h37.
HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montesserat. A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Tradução: Jussara Haubert Rodrigues. 5 ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1998.
LACERDA, Victor. Depoimento. Entrevista concedida à Alessandra Possebon, 2014.
LOVATO, Antônio Sagrado. Quando sinto que já sei – Buscando mundos possíveis para a educação no Brasil in INCONTRI, DORI [et al]; orgs. Educação, Espiritualidade e Transformação Social. São Paulo: Editora Comenius, 2014.
MÉSZÁROS, István. A Educação para além do Capital. São Paulo: Boitempo, 2008
MILLER, Ron. Decentralizing Educational Authority.Vermont Commons, Number 30, 2009.Disponível em A cesso em 5 out. 2014.
NOGUEIRA, Ana Beatriz Fernandes. Depoimento. Entrevista concedida à Alessandra Possebon, 2014.
NUNES, Lilian. Depoimento. Entrevista concedida à Alessandra Possebon, 2014.
OLIVEIRA, João; MORAES, Karine; DOURADO, Luiz. Gestão escolar e democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação. Políticas e gestão na Educação, 118 UEG. Disponível em:
sala_politica_gestao_escolar/pdf/texto2_1.pdf> Acesso em 22 maio 2017.
PACHECO, José. Aprender em Comunidade in INCONTRI, DORI [et al]; orgs. Educação, Espiritualidade e Transformação Social. São Paulo: Editora Comenius, 2014.
PACHECO, José. Aprender em Comunidade. São Paulo: Editora SM, 2014b.
PARO, Vitor Henrique. Gestão da Escola Pública: a Participação da Comunidade.
Revista bras. Est. pedag., Brasília. v 73, n.l 74, p.255-290, maio/ago. 1992. Disponível em Acesso em 12. Jan. 2015 às 16h16.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 1995.
PARO, Vitor Henrique. Parem de preparar para o trabalho in Celso João et alii; orgs. Trabalho, formação e currículo: para onde vai à escola. São Paulo, Xamã, 1999. p. 101-120.
PARO, Vitor Henrique. A educação, a política e a administração: reflexões sobre a prática do diretor de escola. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n.3, p. 763-778, set./dez. 2010. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ep/v36n3/v36n3a08.pdf> Acesso em 14 dez. 2014 às 14h31.
PARO, Vitor Henrique. Educação como exercício do poder: crítica ao senso comum em educação. São Paulo: Cortez, 2014.
PROJETO ÂNCORA. Comunidades de Aprendizagem. Disponível em
Acesso em 8 nov. 2014 às 16h07
STEPHENS, Dale. Educação: decidir por você mesmoin GRAVATÁ, André [et al]. Volta ao mundo em treze escolas. São Paulo: Fundação Telefônica, 2013.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2017 FOCO: caderno de estudos e pesquisas